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19/08/2020

IGMI-R ABECIP: variação acumulada do preço de venda dos imóveis residenciais permanece estável

O IGMI-R/ABECIP voltou a desacelerar em julho, variando 0,29% no mês ante os 0,55% registrados em junho.

O IGMI-R/ABECIP voltou a desacelerar em julho, variando 0,29% no mês ante os 0,55% registrados em junho. A variação acumulada em 12 meses ficou em estável em relação à já observada em junho (10,06%), interrompendo a sequência de aceleração verificada desde o início de 2019.

A recuperação dos preços dos imóveis residenciais em termos reais prossegue em menor intensidade, como pode ser vista no gráfico abaixo, dada a combinação da estabilização dos ganhos nominais dos preços dos imóveis com alguma aceleração nos índices de preços ao consumidor nos últimos meses.

A partir dos resultados de julho, o desempenho das diferentes capitais analisadas pelo IGMI-R pode ser dividido em três grupos. São Paulo e Goiânia apresentam estabilização das respectivas variações nominais acumuladas em 12 meses em 2020, em patamares elevados quando comparados às variações acumuladas do índice de preços ao consumidor no período.

Um segundo grupo, formado por Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Porto Alegre e Brasília, apresenta alguma desaceleração nas variações acumuladas em 12 meses ao longo de 2019, e ganhos reais ainda positivos, mas em patamar menor que a média nacional nos casos do Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife. Recife e Porto Alegre foram as únicas duas capitais analisadas pelo IGMI-R com variações negativas no mês de julho.

Em um terceiro grupo, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador apresentam ainda alguma aceleração nas variações nominais acumuladas em 12 meses, com destaque para Curitiba e Salvador com patamares relativamente elevados em relação a Belo Horizonte.

A combinação da desaceleração das variações nominais nos preços dos imóveis residenciais com algum aumento nas taxas dos índices dos preços ao consumidor nos últimos meses acarreta uma desaceleração no ritmo da recomposição dos preços reais dos imóveis. Ainda assim, no contexto da recessão resultante dos efeitos da pandemia, esse resultado pode ser considerado relativamente positivo em relação ao restante da maioria dos setores da atividade econômica, como vem sendo observado em sondagens de expectativas do setor de construção em relação ao resultado do ano de 2020. Uma retomada mais robusta do setor continua sendo favorecida pela melhora nas condições de financiamento por um lado, mas ainda enfrenta as incertezas que afetam negativamente o mercado de trabalho e a confiança dos consumidores por outro.

FONTE: ABECIP