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19/04/2022

IGMI-R ABECIP registra aceleração na variação acumulada em 12 meses nos preços de imóveis residenciais

O IGMI-R/ABECIP acelerou para 1,05% em março, após ter variado 0,82% em fevereiro, resultado que mais uma vez possibilitou um avanço na variação acumulada em 12 meses, para 17,43% (ante 17,11% em fevereiro).  Essa aceleração na variação acumulada em 12 meses vem perdendo intensidade, quando consideradas as variações médias de trimestres contra trimestres imediatamente anteriores.

A tabela abaixo contém as variações dos últimos três trimestres sob essa ótica, e mostra que nas dez capitais analisadas pelo IGMI-R/ABECIP, enquanto apenas São Paulo e Rio de Janeiro (que possuem as maiores elevações acumuladas em 12 meses) tiveram desaceleração no quarto trimestre em relação ao terceiro de 2021, todas as capitais tiveram desacelerações nos preços nominais de seus imóveis residências no primeiro trimestre de 2022 em comparação ao último de 2021.

 

 

 

 

Em termos reais (considerando o IPCA/IBGE), os imóveis residenciais ainda apresentam ganhos na perspectiva da variação acumulada em 12 meses em todas as capitais analisadas, com exceção de Belo Horizonte, Fortaleza e Recife. Porém, essas variações reais tendem a serem reduzidas na medida em que as variações nominais dos imóveis perdem intensidade, enquanto os índices de inflação mantêm-se em patamares elevados.

A última leitura da Sondagem da construção civil IBRE/FGV mostra uma inversão dos sentimentos dos empresários do setor de edificações residenciais com relação ao presente e futuro, em relação ao mês anterior (fevereiro). Como mostra o gráfico abaixo, enquanto o Índice de Situação Atual em março teve uma elevação, após haver caído em fevereiro. Por sua vez, o Índice de Expectativas realizou o movimento oposto, caindo em março após ter subido em fevereiro.

 

Ainda de acordo com o gráfico acima, esses dois indicadores oscilam, desde meados de 2021, em torno de um patamar sem tendência bem definida. Em termos relativos, a volatilidade dessa oscilação é superior para o Índice de Expectativas em relação ao da Situação Atual, representando a incerteza que vem marcando o período em relação ao nível de atividades da economia brasileira.

 

 

Dois dos principais componentes do Índice de Expectativas, Demanda Prevista e Tendência dos Negócios, foram responsáveis pela queda no indicador, como pode ser visto no gráfico abaixo.

 

 

 

 

Os impactos da manutenção dos índices de inflação no Brasil em patamares elevados, sobre a renda real e o nível de atividade da economia, representam os principais desafios para a aceleração dos preços reais dos imóveis residenciais nos próximos meses.

FONTE: ABECIP