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02/09/2022

Habitação popular: contratação do Casa Verde e Amarela aumentou 40% em agosto, diz Caixa (Valor Econômico)

Banco, que opera 99,9% das contratações do CVA, já começou a trabalhar com prazo estendido de financiamento, de 30 para 35 anos; opção se aplica a linhas que usam recursos do FGTS, caso do programa

A vice-presidente de habitação da Caixa, Henriete Bernabé, afirmou nesta quinta-feira (1º), em evento virtual da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), que a contratação de financiamentos pelo programa Casa Verde e Amarela (CVA) cresceu 40% em agosto, na comparação com julho. “É um número surpreendente”, disse. A executiva não citou os dados absolutos e informou que ainda estão sendo fechados.

 

Em julho, todas as contratações de crédito habitacional feitas pela Caixa, o que inclui também os financiamentos com recursos da poupança, somaram o valor recorde de R$ 16,3 bilhões, 38,8% maior do que no mesmo mês do ano passado.

 

 Para Bernabé, o aumento se deve às mudanças feitas no programa habitacional em julho. No mês, foram aprovados o aumento da faixa de renda para os grupos 2 e 3 do CVA e a possibilidade de se estender de 30 para 35 anos o prazo dos financiamentos com recursos do FGTS, caso das contratações do programa.

 

Nesta quinta-feira, a Caixa, instituição que opera 99,9% dos financiamentos do CVA, começou a aplicar o aumento do prazo. O período maior de pagamento pode diminuir em até 7,5% o valor da parcela do financiamento ou viabilizar a compra de um imóvel mais caro, segundo o banco.

“Vamos conseguir recuperar o volume de contratação do CVA, que foi menor no primeiro semestre. Nossa expectativa é conseguir aplicar o orçamento destinado à habitação neste ano, em torno de R$ 68 bilhões”, afirmou a executiva da Caixa. “Quem sabe a gente precise pedir suplementação ao Conselho Curador [do FGTS]”, completou.

 

No mesmo evento, a economista Ieda Vasconcelos, ligada à Cbic, afirmou ser provável que a entidade reveja pela terceira vez o crescimento do PIB da construção para o ano, atualmente projetado em 3,5%. “Pelo segundo ano consecutivo, a construção crescerá acima da economia nacional, o que não acontecia desde 2013”, disse. 

 

Matéria publicada em 01/09/2022

FONTE: VALOR ECONôMICO