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07/12/2018

EZTec planeja lançar até R$ 1,5 bi no próximo ano

A incorporadora EZTec anunciou ontem meta para 2019 de lançar Valor Geral de Vendas (VGV) na faixa de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão

A incorporadora EZTec anunciou ontem meta para 2019 de lançar Valor Geral de Vendas (VGV) na faixa de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão. Se isso se concretizar, o próximo ano será o primeiro, desde 2014, em que o VGV apresentado chegará à marca bilionária. Neste ano, a empresa lançou R$ 753 milhões, dentro do patamar projetado de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão.

Projetos para os padrões médio, médio-alto e alto devem responder por 75% do plano de lançamentos da EZTec. Já empreendimentos das faixas 2 e 3 do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida ficarão com 25% do total, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Emílio Fugazza.

A incorporadora já tem R$ 1 bilhão em projetos aprovados, o que assegura o cumprimento do ponto mais baixo da projeção. A meta de lançamentos não inclui as duas torres do projeto corporativo EZ Esther Towers, que começarão a ser construídas em 2019, com previsão de entrega em 2022. Caso uma das torres seja vendida no ano, o VGV será contabilizado como lançamento adicional.

A EZTec prevê lançar no próximo semestre o projeto residencial do Parque da Cidade, comprado pela EZTec da OR Empreendimentos e Participações, incorporadora do grupo Odebrecht. Com VGV de R$ 500 milhões, esse empreendimento é composto por duas torres, na zona Sul da cidade de São Paulo.

Assim como o residencial do Parque da Cidade, a EZTec vai lançar a maioria dos empreendimentos na capital paulista. As exceções são uma fase de projeto para média renda em Osasco e um empreendimento do Minha Casa, Minha Vida em Guarulhos, ambos na Grande São Paulo.

Fugazza conta que continua otimista com os novos ciclos político e econômico e que espera expansão do setor imobiliário nos próximos meses. "Nas rendas média alta e alta, os preços de lançamento estão um pouquinho superiores aos que pretendíamos há seis meses", afirma o executivo.

Segundo o diretor, os novos projetos têm rentabilidade superior às dos últimos três anos. "Vemos espaço para alguma recuperação de margens, nos próximos trimestres, com os lançamentos."

Em relação ao segmento de média renda, a retomada depende, de acordo com o diretor de relações com investidores, da aprovação de regulamentação para os distratos e do aumento da geração de empregos esperado para a partir do segundo semestre de 2019. Pode haver ajustes no programa habitacional, na avaliação de Fugazza, mas há expectativa de continuidade do Minha Casa, Minha Vida no novo governo.

Na divulgação dos resultados do terceiro trimestre, o executivo afirmou que um novo ciclo havia começado para a companhia, após três anos em que a empresa viveu a crise do setor acirrada pela retração dos financiamentos da Caixa Econômica Federal no segundo trimestre de 2015.

Em 2017, a EZTec lançou R$ 993 milhões, incluindo R$ 650 milhões da Torre B do EZTowers, vendida para a Brookfield. Sem considerar esse negócio, a empresa entregou ao mercado R$ 343 milhões no ano passado. Em 2016, a EZTec lançou R$ 204,6 milhões e, em 2015, R$ 197 milhões. A incorporadora havia apresentado R$ 1,068 bilhão em 2014.

No ano passado, a incorporadora vendeu R$ 220 milhões em unidades prontas, número que será de pouco mais de R$ 200 milhões no fim de 2018. Com poucas entregas previstas para 2019, o total de estoque da EZTec de unidades prontas poderá ser reduzido de 25% a 30% no próximo ano. Já o estoque total - que inclui lançamentos e imóveis em construção - tende a crescer com mais lançamentos.

FONTE: VALOR ECONôMICO