Notícias

22/03/2019

Economia melhor estimulará procura e rentabilidade de ativos imobiliários

A expectativa de melhora do mercado imobiliário impulsionará a rentabilidade dos ativos relacionados ao setor em 2019

A expectativa de melhora do mercado imobiliário impulsionará a rentabilidade dos ativos relacionados ao setor em 2019. Com a maior confiança, a perspectiva é também de um aumento na demanda de interessados por esses investimentos.

De acordo com o estrategista de produtos da Monte Bravo, Rodrigo Franchini, a expectativa de crescimento econômico do Brasil para este ano impulsiona um maior otimismo para o mercado imobiliário e para dívidas de longo prazo, o que acaba atraindo mais investidores para a modalidade.

“A maior confiança na recuperação do País faz com que os aplicadores comecem a procurar formas de investimentos de médio e longo prazo, o que abre um grande espaço para os ativos imobiliários. O índice que representa a negociação desse tipo de papel teve ganhos expressivos no ano passado e uma demanda crescente por conta disso, por exemplo”, afirma.

Ontem, o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) da B3 fechou em 2.481,89 pontos, o que representa uma alta de 5,84% sobre o último dia útil de dezembro de 2018 ficou em 2.351,59 pontos. No ano passado já houve uma alta de 5,6% em relação ao mesmo dia de 2017 (2.226,46 pontos).Já quando comparado com 2016 (1.864,61 pontos), a valorização totaliza 33,10%. A melhora no mercado de imóveis calcada principalmente nas estimativas de recuperação das carteiras de crédito imobiliário nos bancos tende a estimular maiores ofertas e demandas também em ativos do segmento, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

As últimas informações da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que as emissões domésticas de CRIs nos dois primeiros meses deste ano atingiram R$ 1,247 bilhão, mais do que o dobro do observado em igual intervalo de 2017 (R$ 530 milhões). Já o estoque de LCIs, por outro lado, atingiu R$ 155,63 bilhões, uma retração de 0,6% frente a 2018 (R$ 156,56 bilhões).

“O que vemos quanto a captação já sinaliza um momento muito adequado para esse tipo de investimento. Estamos em um início de valorização e de expansão econômica e isso vai refletir diretamente na rentabilidade desses ativos, que deve cresce neste ano”, comenta o sócio fundador da NFA Advogados, Carlos Eduardo Ferrari.

Outro investimento que, segundo os especialistas, também deve ganhar espaço é a Letra Imobiliária Garantida (LIG). “A espera, porém, é pela aprovação das reformas e pela melhora do crédito imobiliário, pela necessidade de lastro. A ideia é que até 2020 tenhamos ofertas mais significativas na LIG”, acrescenta Franchini.

Investimento no exterior - A maior busca por diversificação, bastante observada no mercado de capitais, também começa a gerar uma maior demanda de investidores brasileiros por ativos imobiliários no exterior, principalmente em cenários onde o aplicador vira sócio de um empreendimento imobiliário e recebe dividendos trimestrais. De acordo com o diretor de investimentos da Driftwood, André Salles, a maior procura desses ativos começou em 2015 e tem se intensificado até agora.

“O mínimo é de US$ 50 mil de aporte e a rentabilidade média anual chega a 15%. Temos recebido cada vez mais interessados no produto e chegamos a um ponto em que a oferta não tem conseguido suportar completamente a demanda existente. A tendência é de crescimento e de aceleração desse mercado ao longo deste e dos próximos anos”, complementa o executivo.

FONTE: DCI