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26/07/2015

Construção sustentável terá reunião em S. Paulo

Para o diretor-gerente do Green Building Council Brasil (GBC Brasil), Felipe Faria, um dos organizadores do encontro, o Brasiljá atingiu o patamar de grande potência quando o assunto é construção sustentável.

No momento em que o Brasil comemora pelo segundo ano consecutivo a presença na lista das dez nações que estão à frente no ranking das construções sustentáveis, o chamado green building, o País se prepara para sediara 6ºGreenbuildingBrasil - Conferência Internacional & Exposição 2015. O evento será realizado entre 11 e 13 de agosto em São Paulo, no Transamérica Expo Center, e contará com a participação de engenheiros, arquitetos e representantes de construtoras interessados em tecnologias sustentáveis que podem se aplicadas ao setor.

Para o diretor-gerente do Green Building Council Brasil (GBC Brasil), Felipe Faria, um dos organizadores do encontro, o Brasiljá atingiu o patamar de grande potência quando o assunto é construção sustentável. Segundo ele, o país registrou, na comparação entre 2013 e2014, uma redução no número de empreendimentos com a certificação Leed -- o sistema de classificação de green building mais reconhecido no mundo e que serve de base para a classificação entre países --, mas essa queda se deve a uma queda geral no setor imobiliário.

“Por outro lado, outros setores passaram a aumentar a demanda pelas construções sustentáveis”, diz ele, citando o caso de plantas industriais, lojas de varejo, museus e outros prédios públicos. Para receber o selo Leed (sigla em inglês para liderança em energia e desings ambiental), a construção tem de cumprir requisitos de sustentabilidade, como baixo consumo de energia e água, entre outros.

Recentemente, a reforma do estádio do Maracanã, no Rio, recebeu a certificação, assim como outros prédios comerciais. Segundo Faria, o custo não é mais um entrave ao desenvolvimento da construção sustentável. “O valor da obra tem uma elevação de no máximo 6%, mas a redução do custo de operação do prédio compensa. Só com água, a economia é de 40%. A de energia elétrica fica entre 25%e30%, afirma ele. Faria explica que esses valores levam em conta as cerca de 300 edificações já certificadas no Brasil.

Durante a conferência Greenbuilding Brasil, a expectativa é de que cerca de seis mil pessoas participem das atividades em São Paulo, que incluem 130 palestras, feira de construção sustentável e exposição de cases de sucesso no Brasil e no exterior. Haverá discussões sobre a gestão da água nas edificações e na indústria, a relação da água e o verde e os desafios da sustentabilidade nas cidades brasileiras, entre outros temas.

Ranking - O Brasil aparece em quarto lugar no ranking das construções sustentáveis anunciado nesta semana pelo US Green Building Council (USGBC), o órgão americano do setor. A lista dos “Top 10” países Leed classifica as nações em termos de metragem quadrada construída e números de projetos certificados Leed.

Única nação da América Latina entre as 10 mais do setor, o Brasil aparece na relação atrás apenas de Canadá, China e Índia. Os Estados Unidos não entram nesse ranking porque os organizadores entendem que o país é praticamente hors concours nessa área.

De acordo com o GBC, o anúncio do ranking ocorre em um momento de especial atenção internacional sobre a mitigação das mudanças climáticas que prevalecerá em destaque até aCOP21, as negociações climáticas da Organização Nações Unidas(ONU)que ocorrerá em dezembro.

 

O órgão ainda informou que o Brasil foi destaque no ano passado por ser o país que obteve a maior queda do mundo em emissões de gases de efeito estufa, com base em seus esforços bem-sucedidos de combate ao desmatamento. 

 

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO