O setor da construção cortou 14.070 vagas em todo o Brasil em fevereiro, queda de 0,56% em relação a janeiro. Foi a 29ª queda consecutiva. Com isso, o setor tem agora estoque 2,48 milhões de trabalhadores ocupados. Ante fevereiro de 2016, houve queda de 13,95% no nível de emprego.
Em outubro de 2014, primeiro mês de variação negativa, o estoque era de 3,57 milhões de empregados. Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
"A intensificação do desemprego na construção resulta da redução contínua do volume de novas obras, decorrente do prolongamento da recessão econômica", afirmou o presidente do Sinduscon-SP, José Romeu Ferraz Neto.
A expectativa da entidade é que este quadro somente se reverterá depois de tomadas medidas para reativação da economia, acompanhadas de queda da inflação e juros. "Por isso é tão relevante a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência, melhorando o ambiente de negócios e proporcionando segurança jurídica ao emprego formal", disse Ferraz.
Na comparação com janeiro, os segmentos que mais apresentaram queda foram obras de instalação (-0,82%), imobiliário (-0,79%) e acabamento (-0,65%). Em 12 meses, as maiores baixas são nos segmentos imobiliário (-16,96%), obras de acabamento (-13,52%) e infraestrutura (-13,5%).
Entre as regiões, apenas a Sul registrou alta, 0,44%, com aumento em todos os Estados: Paraná (0,80%), Santa Catarina (0,48%) e Rio Grande do Sul (0,01%). Houve queda no Norte (-1,95%), Nordeste (-0,82%), Sudeste (-0,71%) e Centro-Oeste (-0,07%). No Sudeste, as maiores quedas foram nos Estados do Espírito Santo (-2,14%), Rio (-0,99%) e São Paulo (-0,66%).