O estoque total de crédito imobiliário para as pessoas físicas com recursos direcionados subiu 1% em outubro na comparação com setembro, somando R$ 1,147 trilhão, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central. Em 12 meses, a alta foi de 12,4%.
Já as concessões, na mesma categoria, caíram 5,8%, para R$ 19,476 bilhões no mês, acumulando alta de 23,4% em 12 meses. No ano, ainda há uma elevação de 26,6% nas concessões.
Segundo o BC, a queda no mês aconteceu em decorrência da um recuo no financiamento de taxas reguladas. As concessões nessa modalidade caíram 8,1%, de R$ 17,8 bilhões para R$ 16,3 bilhões. Já as concessões com taxas de mercado subiram 8%, de R$ 2,9 bilhões para R$ 3,2 bilhões.
“Se você olhar o comportamento dessas duas modalidades, a redução das concessões ocorreu em função do financiamento imobiliário com taxas reguladas”, disse o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha.
Considerando o prazo mais longo de 12 meses, ambas as modalidades crescem acima de 20%, com taxas de mercado em 20,3% e taxas reguladas em 23,9%.
A taxa anual de juros, por sua vez, subiu de 9,5% para 9,7% ao ano entre setembro e outubro.
Veículos
O saldo de operações para a compra de veículos por pessoas físicas teve alta de 2% em outubro, para R$ 340,081 bilhões. No ano, a alta é de 17,5%.
As concessões subiram 9,9% no mês, para R$ 19,929 bilhões. A taxa de juros média subiu de 25,5% para 25,9% ao ano de setembro para outubro.
Já ocrédito ampliado ao setor não financeiro avançou 1,5% em outubro, na comparação com setembro, alcançando R$ 17,9 trilhões.
Esta é considerada pela autoridade monetária a medida mais abrangente do crédito, já que inclui não apenas empréstimos e financiamentos, mas também o mercado de capitais e empréstimos externos.
A carteira de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas, por sua vez, encerrou outubro com alta de 1,7%, para R$ 425,659 bilhões. A comparação é com o mês anterior.
Olhando as concessões do BNDES, houve alta de 85,6% no mês, para R$ 10,281 bilhões. No ano, a alta é de 23,4%.