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22/10/2020

Com nova taxa de 6,25% da Caixa, é hora de financiar um imóvel?

Parcelas se tornam mais baratas e ampliam acesso ao crédito imobiliário. Expectativa é de que outros bancos sigam tendência

A Caixa anunciou mais uma redução de juros do financiamento de imóveis que foi de 6,5% para 6,25% ao ano. O banco possui mais de dois terços do mercado de crédito imobiliário e seus movimentos costumam desdobrar tendências no setor.

Na tabela abaixo, veja a comparação que mostra a diferença das parcelas antes e depois da redução dos juros para financiamentos de 30 anos pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), que começa com prestações mais altas e vai diminuindo a dívida com o passar dos anos.

Para quem já tinha intenção de fazer um financiamento, a queda de taxa significa parcelas menores ou a possibilidade de comprar um imóvel um pouco mais caro.

Pode não parecer muito assim de cara, mas no longo prazo, esse tipo de redução representa uma baita economia para quem toma crédito.

Na simulação, ao fim do financiamento, o cliente deixaria de pagar R$ 8 mil.

“É uma redução boa para o custo total de financiamento imobiliário em 30 anos. Mostra uma sequência bastante acelerada de redução nos últimos anos e coloca pressão nos outros bancos”, afirma presidente da plataforma de crédito imobiliário, Credihome.

Busca pelo menor preço

A taxa da Caixa é a mais baixa, sim. Mas talvez valha esperar um pouquinho para ver se os outros bancos vão brigar pela clientela.

Ainda que você não queira arriscar aguardar algum tipo de ajuste da concorrência, é importante não se deixar levar só pela taxa mínima anunciada. Apesar de ter a menor taxa do mercado, a Caixa nem sempre oferece as melhores condições.

Primeiro porque a taxa mínima não é aplicada para todos os clientes que buscam financiamento. O banco avalia o grau de risco e de relação com a pessoa antes de decidir qual serão os juros cobrados. Os casos são avaliados individualmente, por meio de consulta do CPF.

Em segundo lugar, o financiamento imobiliário possui outros encargos que compõem o que é chamado de Custo Efetivo Total (CET).

“A gente sempre recomenda é pesquisar. Não só o seu banco, outros bancos, compare as condições. Faça consulta e aprovação de crédito em mais de uma instituição, mais custos como tarifas e seguros. É algo que difere de banco a banco. Taxa de juros nominal menor pode ter custo efetivo maior”, afirma Gama.

A nova taxa da Caixa vale para a linha de crédito que tem correção pela Taxa Referencial, atualmente em 0% ao ano e nos contratos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que usa recursos da poupança e do FGTS para realizar as operações de empréstimo.

A TR tem um risco de mediano a baixo de alterar muito suas parcelas ao longo do financiamento. Para financiamentos mais curtos, de 10 ou 20 anos, por exemplo, há outras linhas de financiamento com juros ainda menores, a partir de 2,95%, só que corrigidos pela inflação IPCA. A linha possui taxas menores, mas oferece mais risco, por conta das oscilações do indexador.

O Itaú lançou ainda uma linha condicionada às variações da poupança, com taxas a partir de 5,39% ao ano, que também tem um risco mais elevado se comparado à TR.

Há ainda uma opção um pouco mais cara para quem deseja eliminar a possibilidade de variação inesperada nas parcelas. É a linha prefixada da Caixa, que não é atrelada a nenhum indexador de correção monetária. Ela oferece taxas a partir de 8% ao ano. Esse percentual não inclui seguro obrigatório, despesas e tarifas que compõem o CET.

FONTE: VALOR INVESTE