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10/06/2019

Caixa muda feirão e setor adota plano B para vender

O tradicional Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal vai mudar. Responsável por negociar entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões por ano, o formato será remodelado após 14 anos

O tradicional Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal vai mudar. Responsável por negociar entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões por ano, o formato será remodelado após 14 anos. A ideia da nova gestão do banco é pulverizar o feirão. Ao invés de poucos eventos de grande porte, a Caixa prepara uma série de pequenas feiras em mais de 100 municípios por todo o País. Tradicionalmente realizado no primeiro semestre, o feirão foi transferido para a segunda metade do ano. O novo modelo deve começar a ser testado em agosto. A ausência do mega evento da Caixa pode dar uma esfriada nas vendas das construtoras no segundo trimestre. Essa perda será concentrada no segmento de moradias populares, que é, justamente, o foco do feirão.

» É o jeito. Sem o grande evento da Caixa, algumas empresas resolveram organizar suas próprias promoções de vendas. Neste fim de semana, a Tenda realiza um feirão com oferta de imóveis em condições especiais em cinco Estados. A Cury já fez o seu no mês passado. A MRV, maior operadora do Minha Casa Minha Vida (MCMV), tem optado por feirões regionais no fim de cada trimestre. E a Direcional vem realizando campanhas variadas de vendas, sem o formato de feirão. Procurada, a Caixa não comentou.

» Desfecho. A companhia área Avianca pode ter seu fim sacramentado amanhã, dia 10, quando está prevista a próxima sessão de julgamento do Tribunal de Justiça de São Paulo. A expectativa é de que a Corte vote sobre a realização ou não do leilão das autorizações de pouso e decolagem da empresa, que está em recuperação judicial desde dezembro de 2018. Quando o leilão foi suspenso pelo TJ, em 6 de maio, o desembargador Ricardo Negrão comentou na decisão que a Corte poderia deliberar sobre “a hipótese de convolação da recuperação judicial em falência”.

» Fim de festa. Desde a suspensão do leilão, entretanto, os desdobramentos do caso têm indicado que só falta realmente ser decretada sua falência. A Avianca está com todos os voos suspensos desde 24 de maio e, mesmo que houvesse o leilão, Gol e Latam enfrentariam resistência para obterem aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ficarem com os horários oferecidos. Aos olhos do Cade, haveria uma concentração de voos nas mãos das duas empresas.

» Tudo lindo. A MRV Engenharia, maior operadora do Minha Casa Minha Vida, investiu R$ 80 milhões no primeiro quadrimestre em obras de melhorias urbanas nas 150 cidades onde atua. Desse montante, R$ 32 milhões foram contrapartidas legais exigidas pelo poder público, e outros R$ 48 milhões foram aportes voluntários com reformas de praças e escolas, construção de ciclovias e arborização, entre outros itens.

» Sem almoço grátis. Com empreendimentos imobiliários de grande porte, a valorização da vizinhança faz parte da estratégia de negócios da MRV para atrair mais compradores de imóveis. Em maio, a companhia entregou uma base administrativa para a Polícia Militar localizada na entrada do mega projeto Grand Reserva Paulista, novo bairro com 7,5 mil apartamentos que está em construção em Pirituba, na zona norte da capital paulista. Em 2018, os investimentos em melhorias urbanas totalizaram R$ 230 milhões. Se o ritmo atual for mantido, os aportes de 2019 poderão superar os de 2018.

» Ímã. O número de investidores pessoa física na Bolsa alcançou 1,098 milhão no fim de maio, mantendo o ritmo de entrada de novos investidores na esteira do ambiente de baixas taxas de juros. Em relação ao número de investidores pessoas físicas ativos no fim do ano passado, o crescimento é de cerca de 35% até aqui. Se o ritmo continuar, a marca de 1,5 milhão de CPFs pode ser atingida já no fim deste ano.

» Efeito negativo. O desempenho abaixo do esperado da economia brasileira já pesa nas projeções do mercado de seguros para 2019. A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) espera que o setor cresça de 4,7% a 6,9% neste ano. O intervalo anterior apontava para expansão de 4,5% a 7,1%. Até março, cresceu 5,9% ante mesmo período de 2018.

» Não andou. A nova projeção reflete o desempenho aquém do esperado em um dos principais segmentos do mercado no Brasil, o seguro de automóveis. A CNseg espera alta de 0,5% a 3,5% contra faixa de 5,4% a 7% em 2018. Também pesa o segmento de pessoas, como vida.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO