Talita Moreira
O BTG Pactual obteve lucro líquido de R$ 1,02 bilhão no segundo trimestre do ano, aumento de 6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A venda de participação na Rede DOr de hospitais e um aumento no resultado das operações de crédito foram fundamentais para a melhora do resultado. No segmento chamado de "principal investments", que reúne o private equity e investimentos com capital do banco e dos sócios, o resultado líquido passou de perda de R$ 74 milhões no segundo trimestre do ano passado para ganho de R$ 508 milhões no mesmo período do exercício atual.
A principal razão para a melhora foi o reconhecimento de receitas de cerca de R$ 1,3 bilhão relacionadas à venda de participação acionária na Rede DOr para a gestora de fundos de private equity Carlyle. A operação compensou perdas em investimentos no setor imobiliário, em especial na BR Properties, e também em negociações de ativos no mercado financeiro.
Na área de crédito, um aumento nos spreads e a reversão de provisões contribuíram para um desempenho melhor. A carteira de crédito expandida - que inclui empréstimos a empresas, fundos, cartas de crédito e instrumentos financeiros - encerrou junho em R$ 48,877 bilhões. Com isso, recuou 0,46% na comparação com o primeiro trimestre, mas avançou 19,62% frente a junho de 2014.
O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) alcançou 21%. A meta do BTG é entregar retornos acima de 20%. O grupo fechou o trimestre com R$ 209 bilhões em ativos, queda de 6,7% em relação a março.