O BTG Pactual pretende manter o nível de alavancagem - ativo total dividido pelo patrimônio - em seis vezes daqui para a frente, disse João Dantas, diretor de relações com investidores do banco, durante teleconferência com investidores ontem.
Antes da segregação da unidade de commodities Engelhart e da venda do private banking BSI, a alavancagem do banco estava em 9 vezes. "Entregamos basicamente tudo o que prometemos entregar. A alavancagem caiu, está em seis vezes e é assim que pretendemos manter", diz Dantas. Sem BSI e Engelhart, os ativos do BTG caíram de R$ 213,3 bilhões no segundo trimestre para R$ 128,6 bilhões no fim de setembro.
O executivo também afirmou que haverá uma queda muito gradual do nível de capital do banco. "Vamos manter o balanço líquido e sólido para a retomada do relacionamento com clientes", disse. Dantas descartou que o banco venha a fechar o capital do BTG.
Na terça, o banco anunciou mudanças administrativas. Roberto Sallouti passa a ser o único presidente, cargo que vinha dividindo com Marcelo Kalim, que assume a presidência do conselho. Persio Arida deixa de ser presidente do colegiado, mas mantém um assento.
Sallouti afirmou que nos próximos trimestres o banco espera mostrar a expansão dos negócios. Algumas linhas de negócio começaram a esboçar recuperação. As receitas do banco de investimento atingiram R$ 110 milhões no terceiro trimestre, valor 67% maior que o de igual período de 2015. Em gestão de fortunas, o banco disse que, se considerado isoladamente (sem o BSI), teria tido uma captação positiva de R$ 1,6 bilhão.
