O Banco Central informou nesta quinta-feira (6) que R$ 17,4 bilhões foram retirados da poupança no primeiro trimestre deste ano.
O resultado, segundo o BC, é inferior aos de 2016, quando a saída de recursos acumulou R$ 24,05 bilhões, e de 2015, quando a retirada foi de R$ 23,23 bilhões.
Ainda de acordo com o balanço divulgado pelo Banco Central, somente em março, a saída de recursos da poupança superou em R$ 4,99 bilhões os depósitos. Com esse resultado, a retirada de dinheiro foi inferior às registradas em março de 2016 (R$ 5,37 bilhões) e de 2015 (R$ 11,43 bilhões).
Resultado de 2016 - Em todo o ano passado, R$ 40,7 bilhões foram retirados da poupança. O resultado foi o segundo pior da série histórica, que começou em 1995, atrás somente de 2015, quando foram sacados R$ 53,5 bilhões.
A retirada de recursos da caderneta de poupança acontece em um momento de baixo nível de atividade econômica, com aumento do desemprego e inadimplência em patamar elevado. Além disso, a poupança também tem registrado baixo rendimento se comparada a outras aplicações financeiras.
Saldo da poupança - Com a retirada líquida de recursos da poupança, no final de março o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou queda.
No fim de dezembro de 2016, o saldo da poupança estava em R$ 664,9 bilhões. Ao fim de fevereiro de 2017, somava R$ 660,6 bilhões e, em março, recuou para R$ 659,4 bilhões.
Além dos depósitos e das retiradas, os rendimentos creditados nas contas dos poupadores também são contabilizados no estoque da poupança. Em março, os rendimentos totaliaram R$ 3,75 bilhões.
Atratividade - O baixo rendimento da poupança tem contribuído para a retirada de recursos. Enquanto o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic (taxa básica de juros determinada pelo Banco Central), o das cadernetas fica limitado a 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR) quando a Selic está acima de 8,5% ao ano. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano.