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20/12/2019

Após um ano da abertura de capital, Log entra em nova fase de expansão

Companhia recebeu R$ 165 milhões por venda parcial de três galpões para fundo de investimento imobiliário

A Log Commercial Properties completa um ano de negociação de suas ações na B3 com perspectivas de aumento na demanda por galpões, continuidade de seu processo de expansão regional e intenção que o patrimônio do LOGCP Inter Fundo Imobiliário, seu veículo de desinvestimento parcial dos ativos, chegue a R$ 1 bilhão nos próximos anos. Ontem, a Log concluiu a venda parcial de três galpões para o fundo de investimento imobiliário (FII) administrado pela Inter Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, com captação de R$ 177 milhões e entrada em caixa de R$ 165 milhões.

“Pela primeira vez, estamos fechando um ciclo e reciclando parte do nosso portfólio”, diz o presidente da Log, Sergio Fischer. O fundo imobiliário começará a ser negociado na segunda-feira. Não há prazo pré-definido para que sejam feitas novas captações pelo fundo para compra de ativos da Log até o patamar de R$ 1 bilhão, mas a intenção é que isso ocorra o mais rapidamente possível, segundo o executivo. Assim como nos três galpões comercializados, parcialmente, a Log será majoritária nos outros ativos a serem vendidos, futuramente, para o fundo.

Fischer ressalta que o FII com ativos da Log tem foco em galpões de classe A, diversificados geograficamente. A Log está presente em 25 cidades e pretende chegar ao número de sete a dez novas cidades em 2020. “Há muita demanda reprimida por galpões”, afirma o presidente da Log. Empresas de comércio eletrônico têm sido responsáveis pela maior procura de espaços.

A Log vai usar os recursos da primeira leva de venda de ativos ao fundo para pagamento de dívidas atreladas aos próprios imóveis comercializados e para investimentos do seu ciclo nos próximos anos. Em outubro, a companhia de propriedades comerciais controlada pela família Menin anunciou o plano “Todos por Um”, no qual detalhou como pretende alcançar a meta de adicionar um milhão de metros quadrados de área bruta locável (ABL) entregue ao seu portfólio de galpões nos próximos cinco anos.

Dos novos desenvolvimentos, 80% serão dos chamados galpões especulativos (sem locação prévia) e 20% de construções sob medida (“build to suit”).

No fim de setembro, a ABL entregue pela companhia chegou a 838 mil metros quadrados, e a área de projetos aprovados, a 299 mil metros quadrados. Pouco mais de 30% dos galpões da Log estão concentrados no Estado de São Paulo, maior mercado do segmento. “Há poucos ‘players’, a maioria com atuação em São Paulo e no Rio de Janeiro”, afirma o executivo.

A Log encerrou o trimestre com 4,5% de taxa de vacância de seu portfólio estabilizado. De acordo com Fischer, 60% das novas locações deste ano foram feitas por clientes da carteira da Log. A companhia espera ter crescimento de sua receita acima de 20% neste ano.

Ontem, as ações da Log fecharam cotadas a R$ 17,37, com queda de 0,82%. No mês, os papéis têm valorização de 11,19% e, no ano, elevação é de 74,93%. Desde que as ações da companhia começaram a ser negociadas, em 21 de dezembro de 2018, os papéis tiveram valorização de 80,13%. Na avaliação do executivo, o desempenho reflete a redução da queda da taxa de juros e o aumento da liquidez pela captação de quase R$ 640 milhões por meio de oferta de ações.

Por enquanto, não está previsto novo aumento de capital, mas a companhia poderá lançar mão da operação em caso de crescimento maior do que o previsto.

FONTE: VALOR ECONôMICO