As ações da PDG Realty tiveram forte desvalorização na BM&FBovespa, ontem, e fecharam cotadas a R$ 1,80, com queda de 17,43%. A companhia registrou, de julho a setembro, prejuízo de R$ 1,72 bilhão - o terceiro maior de sua história - e, pela primeira vez, trouxe patrimônio líquido negativo, no patamar de R$ 838 milhões.
A PDG fez ajustes de ajustes de R$ 1,38 bilhão no terceiro trimestre, referentes a provisões para contingências, baixas contábeis e revisões de orçamentos. Do total de ajustes, R$ 1,037 bilhão se refere a provisão de contingências jurídicas, depósitos judiciais e pagamentos de processos, provisões para contas a receber e distratos a pagar, baixa de investimento de parceiros e baixa contábil de venda de terrenos. Outros R$ 328 milhões resultam de alta do custo de obra, provisão de estoques a valor de mercado, prejuízo na venda de três terrenos, vendas negativas e descontos nas transações.
Há também R$ 15 milhões de baixa do intangível alocado em terreno vendido no trimestre. Em teleconferência com analistas e investidores, o novo presidente da PDG, Vladimir Ranevsky, afirmou que a companhia está mais otimista em relação a 2017. Pode haver, na avaliação do executivo, mais demanda por imóveis e aumento de preços no próximo ano. No terceiro trimestre, a companhia teve vendas líquidas negativas em R$ 4 milhões. Os distratos somaram R$ 371 milhões no período.
A PDG tem conversado, diariamente, com bancos credores para que cumpram sua parte na liberação de recursos para a conclusão de obras, venda de unidades e distratos. Além des recursos para essas finalidades, a companhia continua a negociar com as instituições acordo para melhora da sua situação de caixa. Ranevsky assumiu a presidência da PDG no início do mês. A RK Partners foi contratada para dar suporte à reestruturação financeira da empresa. O mercado acompanha se a PDG vai recorrer à recuperação judicial.
