ABECIP na mídia

02/02/2017

Crédito imobiliário tem virada promissora em dezembro

Os bancos já estão pagando menos para captar”, disse Gilberto Duarte de Abreu, presidente da Abecip.

O crédito imobiliário deve avançar em 2017, após dois anos de acentuada retração, embora os empresários da construção civil prefiram cautelosamente falar em estabilidade. Em 2016, os financiamentos para aquisição e construção de imóveis com recursos da poupança não passaram de R$ 46,6 bilhões, total 38,3% inferior ao registrado em 2015 (R$ 76 bilhões), segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip). O mês de dezembro, porém, acusou uma virada significativa: o total dos empréstimos ao setor foi de R$ 5,38 bilhões, o melhor resultado do ano, apresentando crescimento de 35,2% em relação a novembro. Em comparação com dezembro de 2015, houve aumento de 12,9%.

Depois disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a taxa Selic em 0,75 ponto porcentual em janeiro, sinalizando um ciclo de baixa, o que veio dar uma injeção de ânimo aos empresários. “O ano começou totalmente diferente, com os juros no longo prazo mais baixos. Os bancos já estão pagando menos para captar”, disse Gilberto Duarte de Abreu, presidente da Abecip.

As previsões da entidade para 2017 são prudentes, estimando que a linha que usa recursos das contas de poupança deve ter crescimento de 5% em comparação com 2016. Já as linhas com recursos do FGTS teriam encolhimento de 1,5%. As duas linhas devem somar R$ 112 bilhões, R$ 1 bilhão a mais que em 2015, o que pode ser uma subestimativa.

A impressão do mercado é de que existe uma grande demanda deprimida por financiamento imobiliário. Num ambiente de elevado desemprego, mesmo as pessoas que conseguiram manter seus postos de trabalho ou que foram dispensadas, mas encontraram nova colocação, temiam contrair dívidas a longo prazo. À medida, contudo, que diminui o grau de incerteza em relação à economia, aumenta a confiança para a tomada de empréstimos de longo prazo.

Um elemento que aponta nessa direção é o desempenho da poupança, que fechou 2016 com um saldo positivo de 1,3%. Em 2015, quando o rendimento da poupança perdia para a inflação, o saldo das cadernetas apresentou queda de 3%.

 

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO