Aline Bronzati
O Banco Central está monitorando e não vê quadro negativo no mercado de crédito imobiliário, de acordo com Julio Carneiro, chefe-adjunto do Departamento de Normas (Denor). O segmento, conforme ele, enviou propostas de estímulo ao regulador, mas ainda estão em estudo.
Dentre os temas em discussão, estão flexibilização do compulsório; mudança na regra de aplicação da poupança com a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para todos os bancos (e não somente a Caixa e o BB); ampliação do teto para as operações que utilizam tais recursos, que só beneficiaria quem já tem acesso ao FGTS, e aumento do limite do valor dos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
Carneiro não confirmou, contudo, quais medidas foram enviadas ao Banco Central. "Diante da política monetária restritiva para conter a inflação deve ser difícil aprovar", afirmou ele, acrescentando que essa não é sua área de atuação.
Sobre a regulação de Letra Garantida Imobiliária (LIG), ele destacou que não há um cronograma na lei e que o objetivo do regulador é publicar um arcabouço claro. Falta discutir, segundo Carneiro, temas complexos como a regulamentação do agente fiduciário. "Já prevíamos essa dificuldade", acrescentou, disse ao Broadcast, após palestrar em evento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) sobre LIGs.