ABECIP na mídia

18/05/2020

Presidente da Abecip fala sobre crédito imobiliário em período de pandemia para rádio

Funding para financiamento imobiliário não terá redução, diz Abecip

Por Evana Marmo

 

Mesmo com este momento de pandemia, a presidente Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Cristiane Portella disse ao Radar Imobiliário, no sábado (16), na rádio Metrópole, que o funding, ou seja, o recurso proveniente da poupança para o financiamento imobiliário não terá redução. O que mais implica no cenário atual é a confiança das pessoas em contratar um empréstimo, devido ao tempo das parcelas que duram entre 30 a 35 anos.

Portella destacou que o panorama visto desde o ano passado até o primeiro trimestre de 2020 era positivo. 2019 fechou com crescimento de 37% ante 2018 e somente de janeiro a março deste ano, a alta foi de 32% nos financiamentos habitacionais através da poupança. 

A presidente destaca que ações combinadas como a confiança no país, a redução na taxa de juros, consequentemente com o corte da Selic (taxa básica de juros, atual 3%), além da introdução de indexadores para o financiamento como IPCA, taxa fixa, refletiu na inserção de mais pessoas na contratação do empréstimo. Com as taxas atuais, as parcelas estão mais reduzidas até mesmo pela competição dos próprios bancos aliado a isso preços de imóveis ainda estáveis. Ela aconselha que o mercado tem boas ofertas para que tem condição de comprar nesse momento.  

Mas com a chegada do coronavírus foi preciso rever as estimativas e a melhor previsão para este ano foi apontada uma deflação de -7% e -25%, através de dados objetivos e sondagens empresariais.

Apesar dessa estimativa, a executiva explica que a captação líquida da poupança registrou aumento desde a série histórica de 1995. Somente em abril, a alta foi de R$ 25 bilhões a mais. Por isso, ressalta que o recurso (funding) para o financiamento não terá redução. A partir disso, podemos verificar uma retomada de consumo a médio prazo que irá fomentar o mercado. 

Em relação a taxa de juros para o cliente final, Cristiane disse que já houve uma queda de grande proporção quando saiu de 11% para 7% ou 7,5% atuais. Mas não acredita que pode haver outro corte dessa magnitude devido ao prazo de contratação que pode chegar a 35 anos. Isso afeta as instituições bancárias principalmente se houver um aumento da Selic.

O juros pode reduzir, mas não nesse patamar como ocorreu na Selic, principalmente pelo compromisso de longo prazo que os consumidores e bancos fazem quando firmam um contrato, finalizou.

Confira o áudio da entrevista na íntegra

FONTE: RADAR IMOBILIáRIO/RáDIO METRóPOLE