ABECIP na mídia

04/10/2018

Imóveis financiados no Estado avançam 2,4%

O número de imóveis financiados com recursos da poupança no Ceará teve um aumento de 2,42%, analisando o período entre janeiro a agosto de 2018 com igual período de 2017

O número de imóveis financiados com recursos da poupança no Ceará teve um aumento de 2,42%, analisando o período entre janeiro a agosto de 2018 com igual período de 2017. No entanto, segundo os dados da Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o valor financiado diminui durante o intervalo de comparação, em cerca de R$ 48,62 milhões (-5,6%). Segundo o vice-presidente do Sinduscon, o fato é explicado pela incerteza econômica no País, que tem feito as pessoas procurarem opções mais baratas no mercado imobiliário, avaliados entre R$ 500 mil e R$ 600 mil.

De acordo com a Abecip, entre janeiro e agosto deste ano, foram financiados 2.917 imóveis com recursos da poupança no Ceará, movimentando R$ 818.636.309. Em igual período do ano passado, o levantamento aponta 2.848 imóveis, com o montante de R$ 867.328.598. Uma das possíveis explicações para a redução do valor financiado seria se o preço médio dos imóveis tivesse diminuído. Contudo, de acordo com o índice Fipezap, o valor médio cobrado pelo metro quadrado em Fortaleza teve uma redução de apenas 3,3%, considerando imóveis com dois dormitórios.

Entre os imóveis pesquisados pelo Fipezap com quatro ou mais dormitórios, no período considerado pela Abecip, houve, na verdade, uma leve valorização de 0,998%. O Fipezap analisa apenas imóveis anunciados para venda.

Nessa perspectiva, José Carlos Gama, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), analisou que o cenário econômico brasileiro, ainda repercutindo as incertezas do cenário eleitoral de 2018, tem feito com as pessoas tenham procurado opções mais baratas na hora de fazer um financiamento imobiliário.

Incertezas - "Quando você tem um número maior demonstra que os imóveis de valor mais baixo é que estão sendo financiados. O que a gente têm visto é que os imóveis na faixa entre R$ 500 mil e R$ 600 mil são os que têm tido a maior procura. São imóveis do Minha Casa Minha Vida e esses com recursos da poupança", ponderou José Carlos.

O vice-presidente do Sinduscon ainda comentou que a decisão Caixa Econômica Federal de reduzir o juros para o financiamento de imóveis até R$ 1,5 milhão deverá ajudar o mercado, mas o impacto deverá ser sentido apenas mais perto do fim do ano, no mês de dezembro. "Essa decisão da Caixa vai ajudar, mas devemos ter algum aumento apenas em dezembro. Esse fim de ano não deve ter grandes mudanças, mas o cenário deve melhorar a partir de 2019, quando tivermos um novo presidente e as incertezas do cenário tiverem sido resolvidas", disse Gama.

FONTE: DIáRIO DO NORDESTE