ABECIP na mídia

24/07/2014

Crédito imobiliário cresce 7% no primeiro semestre, menos da metade do esperado

O resultado do semestre é inferior à projeção da entidade para este ano, de crescimento de 15%, para R$ 126 bilhões.

O volume de empréstimos para construção e aquisição de imóveis chegou a R$ 53,1 bilhões no primeiro semestre, alta de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O resultado do semestre é inferior à projeção da entidade para este ano, de crescimento de 15%, para R$ 126 bilhões. 

De acordo com a associação, os números dos primeiros seis meses do ano foram impactados pela estagnação do setor em junho por conta da Copa do Mundo. No mês de junho, o crédito recuou 7% em relação a maio, chegando a R$ 9 bilhões. Comparado a junho de 2013, quando a indústria teve o maior fluxo mensal em duas décadas, a redução foi de 19%, equivalente a R$ 11,2 bilhões. "A diminuição do número de dias de trabalho influenciou os resultados do crédito imobiliário no mês passado", informou a Abecip em estudo. 

A expectativa é que em julho e agosto haja uma recuperação dos dados e a expansão de 15% seja alcançada até dezembro. Foram financiadas no primeiro semestre 256,1 mil imóveis, total 4,6% maior que no mesmo intervalo de 2013. Só no mês de junho, foram 42,4 mil imóveis, queda de 8% sobre maio e de 20% na comparação anual. "Também neste caso as variações do mês devem ser atribuídas aos jogos do Brasil na Copa do Mundo e ao efeito estatístico da base de comparação (junho do ano passado com recorde de contratações)", detalhou a Abecip. 

Apesar dos dados mais fracos no total do primeiro semestre, os números do acumulado em 12 meses (julho de 2013 até junho de 2014), o volume dos empréstimos para aquisição e construção alcançou R$ 112,7 bilhões, superando em 18% o apurado nos 12 meses anteriores. Ainda em 12 meses, foram financiados 541,1 mil imóveis, número 12% maior que as 483,7 mil unidades contratadas no período precedente.

 

FONTE: O GLOBO