ABECIP na mídia

30/04/2018

Bancos voltam a oferecer crédito imobiliário com taxa de um dígito

A taxa vale para imóveis avaliados em até R$ 950 mil nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, e até R$ 800 mil nos demais Estados.

Os grandes bancos brasileiros estão reforçando o foco no crédito imobiliário, enquanto tentam acelerar empréstimos para pessoas físicas e compensar a contínua fraqueza na demanda corporativa por novos recursos para investimentos. 

O Banco do Brasil (BC) começou nos últimos dias a operar com taxa mínima de 8,99% ao ano no financiamento para compra de imóveis residenciais, por meio do sistema que usa recursos da poupança. 

A taxa vale para imóveis avaliados em até R$ 950 mil nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, e até R$ 800 mil nos demais Estados. 

O Santander Brasil anunciou na semana passada que também terá taxa anual a partir de 8,99% na linha de crédito imobiliário com recursos da poupança. A taxa promocional vale até julho. 

Já o Bradesco evitou divulgar uma taxa mínima, mas tem oferecido taxas para cobrir a concorrência. 

O Itaú Unibanco está operando com taxa mínima de 9% ao ano, financiando até 82% do valor do imóvel. Essa oferta vale para financiamento mínimo de R$ 80 mil e condicionada ao relacionamento com o banco. 

O movimento aconteceu uma semana após a maior financiadora imobiliária do país, Caixa Econômica Federal, ter reduzido a taxa mínima também para 9%, que também usa recursos da poupança. 

A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) informou que os financiamentos de imóveis com recursos da poupança em março recuaram 5,2%, somando R$ 3,8 bilhões. 

Queda da Selic e dos compulsórios - O aumento da competição entre os bancos vem na esteira da redução do custo para obter os recursos. Com a queda da Selic para baixo de 8,5% ao ano, a remuneração da caderneta de poupança sofre um redutor, passando a render 70% da taxa padrão de 6% ao ano. Hoje, a Selic está em 6,5% ao ano.

Além disso, o Banco Central anunciou no fim de março uma redução da fatia que os bancos são obrigados a recolher aos cofres da autoridade monetária, o chamados compulsórios.

FONTE: DESTAK